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01/04/2015

2ª Conferência Local de Saúde do Tarumã aprova intersetorialidade e integração ensino-serviço proposta pela Escola de Saúde Pública do Paraná

Foi bastante proveitosa a participação do diretor, coordenadores e servidores da Escola de Saúde Pública do Paraná-Centro Formador de Recursos Humanos em Saúde na Conferência Local de Saúde do bairro Tarumã, sábado (dia28/03), na Escola Municipal do bairro. Como contribuição ao debate sobre ‘O povo brasileiro de mãos dadas por um SUS de qualidade para todos”, os técnicos da ESPP-CFRH apresentaram duas teses aos mais de 50 participantes da plenária: a Intersetorialidade, com a união entre órgãos de segurança, de educação, de saúde, de infraestrutura urbana e outros setores, na abordagem das ações de saúde e da qualidade de vida da população; e o Sistema Saúde-Escola, que pressupõe a formação profissional com educação permanente e pesquisa, de professores e alunos, nas Unidades de atendimento.

As duas propostas, uma novidade na pauta de trabalho dos conselheiros foram apresentadas e aprovadas para efetivação na área de atuação da Unidade Básica de Saúde do Tarumã. Elas despertaram bastante interesse dos participantes, que fizeram diversas perguntas. “Parece que as teses chegaram em boa hora e a Escola e o Centro puderam mostrar “a que vieram” na Conferência”, comentou um dos membros da equipe da ESPP-CFRH.

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Diretor e servidores da ESPP-CFRH vão apoiar a construção das duas propostas na prática e trabalhar para que o bairro Tarumã, sede da Escola, tenha os benefícios da união de esforços e recursos locais na atenção e garantia da saúde. “Isso significa também livrar extensa área de alagamentos, que traz riscos de doenças, iluminar mais as ruas para trazer mais segurança, e outras ações para tornar melhor o dia a dia dos moradores”, disse um dos participantes.

As próximas etapas da Conferência Municipal de Saúde de Curitiba serão as Conferências Distritais de Saúde. O Distrito a que pertence a UBS do Tarumã é o do Cajuru, onde a Conferência Distrital está agendada para 30/05, às 12hs30min, na Escola Omar Sabbag.

Duas novas estratégias para conquistar o SUS de qualidade para todos

As duas teses da ESPP-CFRH representam um avanço nas ações de saúde pública, nas Unidades Básicas, como a do bairro Tarumã. Elas foram produzidas a muitas mãos: Marcio Almeida, Tereza Rodrigues, Giseli Rodacoski, Ana Lúcia Fonseca, Arlete Spoladore Pistelli, Flaviane Galvão e Olga Estefânia.

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A INTERSETORIALIDADE

A Escola de Saúde Pública do Paraná- Centro Formador de Recursos Humanos, busca a integração intersetorial com a comunidade e as instituições existentes no território em que se encontra.

Um dos principais objetivos é colaborar com a coletividade no sentido de discutir a situação de saúde para encontrar os caminhos que conduzam ao enfrentamento dos problemas considerados prioritários pela população, com vistas à melhoria das condições de saúde e, consequentemente, da qualidade de vida dos moradores locais. 

Algumas situações no entorno são facilmente evidenciadas e consideramos importante inserir nos debates. São elas: o saneamento básico, notadamente a rede de esgoto e de água; as frequentes enchentes que oferecem riscos de doenças como leptospirose, viroses, tétano, dentre outras; o uso de drogas e álcool; a violência; a falta de local para a realização de atividades físicas para a população sob a orientação e o acompanhamento de um profissional de educação física; a falta de locais públicos seguros para atividades de lazer; a iluminação adequada às necessidades do bairro; ruas sem asfalto e calçadas, e ainda ruas com buracos.

Diante deste quadro, a ESPP-CEFOR, órgão governamental com missão de qualificar e formar profissionais de saúde, se dispõe a participar das discussões sobre estas situações e os problemas identificados pela comunidade, assim como em participar dos encaminhamentos junto às autoridades para que os serviços sejam efetivados pelos órgãos competentes.

Como forma concreta de encaminhamento, a ESPP-CEFOR propõe que seja constituída uma comissão intersetorial com a participação dos Conselhos presentes no território de abrangência da Unidade de Saúde do Tarumã, das Secretarias que estejam diretamente envolvidas com as situações consideradas prioritárias pela população, pelas instituições de ensino e por outros setores implicados, a fim de que as discussões sejam iniciadas ainda no ano de 2015.

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O SISTEMA SAÚDE-ESCOLA

A ESPP-CFRH entende que na atualidade se apresenta um cenário em que os órgãos responsáveis pela formação (políticas de educação), bem como os de prestação de serviços (políticas de saúde) buscam estratégias para romper com o distanciamento entre a formação dos profissionais que atuam no Sistema único de Saúde (SUS) e as necessidades de saúde da população. Este contexto nos faz considerar o conceito de Educação Permanente em Saúde "... onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e o trabalho" (MS,), e nos remete a uma estratégia denominada de Sistema Saúde-Escola, referenciada no direito (universal ?) que propõe que cada serviço de saúde sirva como um espaço de ensino, permitindo o aprendizado na prática.

O sistema Saúde-Escola possibilita uma reflexão crítica sobre as práticas de atenção, gestão e formação, de forma a contribuir para autonomia do sujeito, preparando-o para transformação da realidade a partir das condições existentes. Contudo, para que seja possível trabalhar com a estratégia Sistema Saúde-Escola é necessário que os gestores do sistema de saúde público procurem estabelecer a integração com as instituições de ensino em saúde no território correspondente a sua esfera de atuação. e que as equipes multidisciplinares dos sistemas de saúde se enxerguem com atores importantes no processo de formação desses profissionais.

Propomos inserir a discussão sobre as formas de efetivar o envolvimento dos gestores, dos trabalhadores de saúde, dos usuários e das Instituições de Ensino na contribuição para a formação dos profissionais de saúde, para que desenvolvam competências éticas, políticas e técnicas, e que sejam sensíveis às necessidades de saúde que emergem da população.

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Fonte: ESPP

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